segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Chuí

Saímos de Porto Alegre as 06:53h e chegamos ao Chuí as 12:58h, respeitando todas as leis de trânsito e os limites de velocidade.
Decidimos ficar por ali mesmo e seguir no dia seguinte para o Uruguai.
Fomos ao Bertelli Chuí Hotel, que achamos simpático, mas estava lotado (tarifa R$ 185,00). Depois, passamos no Turis Firper Hotel Chuí, que tinha vagas por R$ 180,00. Como achei o estabelecimento escuro, sinistro e com cheiro de mofo, resolvemos voltar e procurar hospedagem em Santa Vitória do Palmar.
Ali, nos hospedamos no Hotel Brasil, do qual já tínhamos ouvido falar.
A diária custou R$ 145,00. Esse hotel é mais apresentável (apesar de bem antigo), mas faltou luz durante a noite e o café da manhã ficou um tanto desfalcado.
Imagino que a qualidade da hospedagem da região deixe a desejar, já que tomamos café com o ministro da agricultura.
Nessa noite, jantamos no Restaurante Espaço Gourmet.
A comida demorou MUITO para ser servida, mas a espera foi retribuída por um prato bem preparado e com preço bem camarada (R$ 25, para duas pessoas).

Campos Neutrais

Depois de ver muitas referências a Campos Neutrais durante a viagem, resolvi pesquisar.
Apurei que se tratam das "terras de ninguém", e mais algumas informações históricas bastante pertinentes:
Em 1680, quando a ocupação portuguesa se estendia no Brasil somente até Laguna, em Santa Catarina, foi feita a arrojada tentativa de ocupar o Prata, instalando-se a Colônia de Sacramento, mas sem qualquer apoio de retaguarda.Até o final do século seguinte, Portugal e Espanha alternaram-se na posse da Colônia, até que, depois de diversos tratados, a região terminou por ficar com a Espanha, trocada com uma grande área no Rio Grande do Sul, conhecida como Sete Povos das Missões, onde se concentravam reduções jesuíticas que, após a expulsão dos jesuítas e inúmeras guerras cisplatinas, acabaram sendo dizimadas, restando, atualmente, umas poucas ruínas no Brasil, Argentina e Paraguai.Diante dos conflitos na Colônia de Sacramento, as tropas espanholas procuraram fortalecer sua retaguarda ocupando Montevidéu e arredores, e as portuguesas estabeleceram o seu núcleo de apoio na cidade de Rio Grande, principal cidade portuária do Rio Grande do Sul.No atual Uruguai, pouco depois de Rio Grande, próximo ao Chuí e Chuy, a posse esteve ora com a Coroa Espanhola, ora com a Coroa Portuguesa.No lado português, depois de Rio Grande, os imensos banhados e lagoas que separavam a região do Uruguai dificultavam a ocupação e, mesmo, a movimentação de tropas.Esta era a "terra de ninguém" ou os "Campos Neutrais", reconhecidos pelo Tratado de Santo Ildefonso.Campos Neutrais também terminou sendo a denominação de um povoado surgido na região e que atualmente tem o nome de Santa Vitória do Palmar, município que é o principal ponto de apoio para uma visita a essa região.Essa área passou ao controle português quando o governador-geral da capitania que deu origem ao Rio Grande do Sul, dom Diogo de Souza, doou sesmarias aos oficiais que o auxiliaram na intervenção armada feita no atual Uruguai, a pedido do vice-rei espanhol, quando Artigas cercou Montevidéu, durante a revolução de independência da Argentina (à qual estava integrada a banda oriental do Uruguai).Dom Diogo derrotou Artigas e, com esse trunfo, tomou a iniciativa de ocupar os Campos Neutrais, apesar do impedimento estabelecido no Tratado de Santo Ildefonso.Somente em 1851 houve o reconhecimento da posse e, quatro anos depois, é que surgiu a vila que daria origem ao atual município de Santa Vitória do Palmar.

Pedágios

Saímos de Porto Alegre às 06:53h, pela BR 116 em direção a Guaíba.

Às 07:06h, próximo à Eldorado do Sul, nos deparamos com o primeiro pedágio, que custou R$ 8,00.
Em Guaíba, às 07:20h, o segundo pedágio (R$ 6,00).
Andamos mais de uma hora e, às 08:49h, pedágio de R$ 7,80.
Às 09:40h, pedágio por R$ 7,80.
E, finalmente, as 10:12, pedágio por R$ 7,80. 
Após Pelotas, pegamos a BR 471 em direção ao Chuí, na qual não há pedágios. 
Chegamos no Chuí as 12:58h.
A concessionária responsável por alguns dos pedágios oferecia o "via fácil", e ficamos tentados a parar e fazer o cadastro para o mecanismo que permite a passagem automática.
Isso porque, a cada parada, assistíamos, desolados, passarem livremente pelas cancelas rápidas aqueles caminhões e "veículos longos" que custamos tanto para ultrapassar alguns quilômetros atrás...
Quem sabe na volta...
Mas o tráfego pesado, ônibus e caminhões acabam em Pelotas. 
No Taim é só tranquilidade, vaquinhas, pássaros e algumas capivaras.